Pequeno Ofício de Nossa Senhora
A
respeito de como Nossa Senhora foi “livre do mal que o mundo espanta”, é também
categórico o ensinamento do Pe. Domingos Bertetto, S. D. B.:
“Entre
os seres humanos, Maria é a única de quem se pode dizer: «Satanás não tem n’Ela
parte alguma. Tudo n’Ela pertence a Deus».
“Efetivamente,
não só se admira n’Ela a inocência original e a ausência de todo pecado mortal,
mas ainda a imunidade de toda culpa venial, bem como de qualquer mínima
imperfeição moral. Deve-se isto, ensina o Concilio de Trento, a um «especial
privilégio de Deus», que a Igreja considera ter sido dispensado à Santíssima
Virgem (cfr. sess. VI cân. 23, Denz. 833).
“De
fato, à Virgem Maria convinha aquela pureza moral que se reclama da sua excelsa
prerrogativa de Mãe de Jesus, Cordeiro sem mancha, nascido para abolir o pecado
no mundo. [...]
“Por
isso foi saudada pelo Arcanjo como cheia de graça e da presença do Senhor. «Que
defeito — diz São Pedro Damião —poderia ter lugar na mente ou no corpo d’Aquela
que, tal como o Céu, foi o sacrário de toda a divindade?».
“Maria,
por conseguinte, agiu sempre sob a inspiração e o impulso do Espírito Santo, de
maneira que «nunca preferiu senão aquilo que Lhe mostrava a Divina Sabedoria —
acrescenta São Bernardino de Siena — e sempre amou a Deus quanto sabia devê-Lo amar».
Por isso é que também d’Ela se devem excluir todas as imperfeições morais” 39
BERTETTO,
Domingos.A Virgem Imaculada Auxiliadora. Porto: Salesianas, 1957. p.15-16.