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“Mestra incomparável no calar quando se devia calar, mostrou-se também mestra insuperável no falar a tempo, no lugar e do modo conveniente, isto é, quando e quanto convém para dar glória a Deus e fazer bem aos homens.
“Também aqui são os fatos que provam. Falou ao Arcanjo São Gabriel e não podemos deixar de admirar a prudência de suas palavras. Falou à sua parenta Santa Isabel e suas palavras fizeram exultar de pura alegria, ainda antes de seu nascimento, o futuro Precursor de seu Filho. Suas palavras foram uma profissão de humildade, de gratidão, um cântico de louvor, um hino sublime de agradecimento ao Onipotente: Magnificat anima mea Dominum.
“Falou com o Filho no Templo e suas palavras foram uma admirável demonstração de afeto e de solicitude maternais.
“Falou nas bodas de Caná e com suas palavras ficou patente sua compassiva misericórdia para com os necessitados e sua ilimitada confiança em Deus. Ó admirável prudência de Maria, prudência incomparável tanto no falar como no calar!... Ó Virgem prudentíssima!” l0
Prudente no conformar seus atos à reta razão
Aos anteriores ensinamentos, podemos acrescentar o de D. Gregório Alastruey, encontrado nas páginas de seu Tratado de la Virgen Santísima:
“É próprio do prudente dirigir tudo o que faz de acordo com a norma da razão e da fé, de modo que nada faça senão o que é reto e louvável. Isto convém à Bem-aventurada Virgem Maria, que nunca se desviou do ordenado pela razão e pela fé em nenhuma de suas acções ou operações” 11.
10) ROSCHJNI, Gabriel. Instmções Marianas. São Paulo: Paulinas, 1960, p. 167-168.
11) ALASTRUEY, Gregório. Tratado de la J4ìgen Santísima. 3. ed. Madrid: BAC, 1952. p. 304.