São Luís Grignion de
Montfort diz bem que Deus fez para os homens o Paraíso terreno, para os Anjos,
o Paraíso celeste – onde também nós devemos chegar –, mas para Si fez um Paraíso
que é Nossa Senhora.
Imaginem o que
significa contemplar, por toda a eternidade, o Paraíso de Deus, onde Ele pôs as
suas complacências, o Divino Espírito Santo gerou Nosso Senhor Jesus Cristo, que
nele esteve presente como num sacrário durante nove meses! De Maria Santíssima
Ele nasceu preservando a sua virgindade; Ela amamentou-O, nutriu-O, carregou-O
nos braços e depois O acompanhou toda a vida até o alto do Calvário e o degredo
d’Ela na Terra, enquanto não chegou o momento de sua morte, para consolidar a
Santa Igreja então existente. Compreende-se o que tudo isso foi e quantas
glórias devem coincidir em Maria Santíssima!
O que corresponde como
prêmio a Nossa Senhora por um só cuidado que Ela tenha tido com o Menino Jesus?
Um só sorriso, um só desvelo! [...]
Isso se nós tomarmos os
gestos d’Ela mais miúdos, quotidianos; quanto mais as grandes atitudes, nas grandes
ocasiões da História. Por exemplo, ao pé da Cruz, o mérito d’Ela no momento em
que Ele disse “consummatum est”, e Ela aceitou ao mesmo tempo a morte d’Ele e a
ofereceu a Nosso Senhor como Corredentora do gênero humano. Nós não temos ideia
da glória com que isso é premiado no Céu!
Plinio Corrêa de Oliveira