terça-feira, 20 de novembro de 2018

Nossa Senhora é a Onipotência Suplicante


[...] É absolutamente de primeira importância nós termos a devoção a Nossa Senhora. Porque se Deus é tão perfeito, é tão supremo, nós somos tão zero, que se não houvesse uma ligação entre Deus e nós, que é Nossa Senhora, Deus só, não nos ouviria. A Justiça dEle, a Pureza dEle, a Santidade dEle, postas em contato com os nossos defeitos, teria horror aos nossos defeitos e nos mandaria para o inferno.
Mas, mas, mas, Ele mesmo, na sua bondade, criou os vínculos que O iam atar a nós. Ele se encarnou na Virgem Maria e com isso ele ficou homem. E como Nossa Senhora é Mãe espiritual de todos os homens -- por ser Mãe dEle, é Mãe espiritual de todos os homens -- acaba acontecendo que Ela sendo Mãe de todos, Ela pedindo a Ele por nós, é como uma mãe que pede para um irmão, em benefício do outro irmão. O irmão não pode resistir. E por causa disso, Nossa Senhora é também chamada pelos teólogos: "Onipotência suplicante".
Ela suplica, Ela pede, mas como a oração dEla é sempre atendida, pelo cúmulo inaudito de perfeições de santidade que Ela tem, Ela ao mesmo tempo que é suplicante, é onipotente. Porque o que Ela pede, Deus dá. E se nós pedirmos Ela atende, logo, nós que não mereceríamos de Deus nada, por causa dEla merecemos.
[...] Quer dizer, Nossa Senhora é tudo quanto Ela é, por ser Mãe de Deus. Deus deu a Ela tudo o que o melhor dos filhos pode dar à melhor das mães.
E é tal o valor da súplica de Nossa Senhora, que os teólogos dizem o seguinte: "Todas as orações de todas as criaturas passam por Nossa Senhora ou não chegam a Deus. De maneira que -- eles dizem -- se todo o Céu, todos os anjos, todos os santos que há no Céu, pedissem algo a Deus sem ser por meio de Nossa Senhora, Deus não atenderia. Mas se Nossa Senhora, sozinha pedir, sem nenhum anjo, nem nenhum santo, Ela é atendida."
Essa é a Mãe de uma doçura sem nome. De uma compaixão que não tem limites. Uma mãe que tem tanta pena do filho, que ela na hora do filho ruim ser julgado, ela obtém a salvação dele.
Plinio Corrêa de Oliveira - extraído de conferência 21/09/1991
(sem revisão do autor)