segunda-feira, 8 de outubro de 2012

A Maria, distribuidora das graças

Ó Rainha e Mãe de misericórdia, é realmente com a liberalidade de uma Rainha e o amor da mais amável das mães que dispensais as graças a todos os que a Vós recorrem. Hoje, pois, me recomendo a Vós, despido qual sou de méritos e virtudes, e por isso insolvente para com a justiça divina.
Ó Maria, tendes a chave do tesouro das divinas misericórdias: lembrai-Vos da minha pobreza, e não me abandoneis numa tão grande penúria. Sois tão liberal para com todos, e acostumada a dar mais do que Vos pedem: mostrai a mesma generosidade a meu respeito.
Ó Mãe de misericórdia, bem o sei, é para Vós prazer e glória ajudar os mais miseráveis, e podeis ajudá-los enquanto não se obstinam no mal; pecador me confesso, mas, longe de me obstinar, quero mudar de vida; podeis então me socorrer. Ah! Socorrei-me e salvai-me!
Hoje me ponho inteiramente entre as Vossas mãos: dizei-me o que devo fazer para agradar a Deus, tenho a vontade de fazê-lo, e espero executá-lo com o Vosso socorro, ó Maria, minha Mãe, a minha luz, a minha consolação, o meu refúgio, a minha esperança.
Santo Afonso Maria de Ligório