segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Gancho que liberta o pecador do pecado

Uma prece de uma alma outrora possuidora de grande inocência, perdida por causa do pecado.
Tendo se afastado de Nossa Senhora, ela se volta para a Santíssima Virgem e Lhe diz: “Ai, que saudades!”.
E apesar do seu pecado, ela — a devedora! — cobra da Mãe de Deus a reciprocidade: “Tenho saudades. Não é natural que Vós tenhais também?!”
Essa pergunta, dirigida a uma mãe, produz o resultado que conhecemos.
Forma-se, assim, uma espécie de gancho no qual o pecador se agarra e sobe. É uma súplica muito adequada para uma época como a nossa, onde as ofensas a Deus são superabundantes, terríveis, e as infestações, medonhas.
E para qualquer homem que alguma vez amou Nossa Senhora, essa prece ficará bem em seus lábios.
Se, porventura, alguém declarasse: “Mas, nunca amei Nossa Senhora”, eu lhe recomendaria que dissesse à Virgem Bendita: “Minha Mãe, quem vos amou, pode rezar. Muito pior é a situação em que me encontro, pois nunca vos amei, e não posso sequer dirigir-vos essa súplica. Hoje, porém, compreendo quão lastimável é o estado de um homem que nunca vos teve por Mãe. Não posso perguntar se tendes saudades de mim, porque nunca fui vosso! Mas, se tendes pena de quem foi vosso, quanto mais não deveis ter de quem nunca o foi?!
“Vendo minha situação, ó Mãe, não vos compadeceis? Vinde e salvai-me!”