sexta-feira, 7 de março de 2014

Os coros angélicos festejam as grandezas de Maria

Continuação dos comentários ao Pequeno Ofício da Imaculada Conceição
Os ilustres autores do Tesouro de Oratória Sagrada assim nos apresentam o encanto dos espíritos celestiais, diante da Santíssima Virgem:
“Nunca se poderá negar que Maria é superior aos Anjos em graça e em glória. E, por isso mesmo, também não se poderá negar que, sob ambos aspectos, deve-se chamar Rainha de todas as inteligências angélicas. [...]
“E os Anjos que A vêem constituída, por sua glória e por sua graça, sobre a esfera deles, arrebatados pela divina beleza que resplandece em seu rosto, e submissos ante a divina grandeza de que está Ela revestida, executam seus mandatos, veneram seu nome e celebram sua dignidade.
“Não por isso se pense que somente quando os Anjos viram a Maria no Céu e sentada no trono da glória, A saudaram como Rainha. Não. Desde o primeiro instante de sua vida já Lhe tributaram os devidos obséquios, pelo fato mesmo de que, desde então, transportados em êxtase de admiração, suspiravam por esta Mulher singularíssima, que embora vinda de um deserto, se apresentava cheia de graça e de grandeza. Por conseguinte, perguntando-se uns aos outros, e pedindo-se mutuamente a explicação deste grande acontecimento, deste fato único nos anais dos fatos mais extraordinários e solenes, desta indizível maravilha, exclamavam (Cânt. VIII, 5): «Quem é esta que sobe do deserto, inebriada de delícias?» [...]
“Assim, se ainda quando Maria andava como peregrina pelos ásperos caminhos deste vale de misérias, os Anjos Lhe serviram de criados e de ministros, o que não farão agora, que A vêem ascender da Terra ao Céu, e aí colocada esplendidamente sobre todas as suas ordens e coros? [...]

“Reconhecendo-A por Rainha, dançam em sua presença os Anjos, aplaudem-Na os Arcanjos, as Virtudes A glorificam, os Principados A enaltecem, regozijam-se as Dominações, alegram-se as Potestades, festejam-Na os Tronos, cantam-Lhe louvores os Querubins e celebram seus privilégios os Serafins!” 1
1) TESORO DE ORATORIA SAGRADA. 2. ed. BULDÚ, Ramon (Dir.). Barcelona: Pons, 1883. p. 323-324; 326-328 e 330, Vol. IV.