Na
Anunciação, Nossa Senhora ouviu a mensagem do Anjo e procurou logo o seu
significado profundo. Recebida a explicação, Ela imediatamente entendeu e deu a
resposta: “Eis aqui a escrava do Senhor; faça-se em Mim segundo a tua palavra”.
Ela
notou que era preciso um consentimento d’Ela, e disse: “Sou escrava D’Ele,
faça-se o que Ele quiser. E, segundo a tua palavra, aceito!”
Isso se
realizou na singeleza diáfana da narração evangélica, representada no luminoso quadro
de Fra Angélico, naquelas duas arcadas de uma casinha simples, limpinha, onde
Nossa Senhora está sentada e São Gabriel A saúda.
Entretanto,
aquele ato de vontade teve mais firmeza, aquele ato de inteligência mais
nitidez do que tudo quanto se possa encontrar no universo. Nesta força de alma
nota-se a inocência de Quem, sendo Filha diletíssima do Pai Eterno, era
destinada a ser a Mãe de Deus Filho e Esposa do Divino Espírito Santo.
Plinio Correa
de Oliveira - Extraído de conferência de 21/05/1891