Continuação do post anterior
Glória e alegria da Santa Igreja
E outro
insigne mariólogo acrescenta:
“Judith
foi escolhida por Deus para ser uma das maravilhas do mundo, a libertadora de
seu povo, a alegria da nação, para cortar a cabeça a Holofernes, cujo nome
incutia pânico no coração de todos os fortes de Israel. [...] Maria, Ela também,
foi eleita pelo próprio Deus, para ser o ornamento e a glória da antiga Igreja,
o modelo da nova, para esmagar a cabeça da serpente, sob cujo poder gemia o mundo.
Desde então, toda a Terra repete com os Anjos e os Santos: Ave Maria, cheia de
graça, o Senhor é convosco; bendita sois Vós entre as mulheres, e bendito é o
fruto de vossas entranhas, Jesus” 1
A Imaculada Conceição derrota o
infernal Holofernes
Outra
interessante relação entre Nossa Senhora e a heroica libertadora de Israel,
encontramos no Tesouro de Oratória Sagrada:
“Satanás
trazia sitiado o gênero humano com mais rigor do que Holofernes a cidade de
Betúlia, de sorte que os homens jaziam tiranizados e envilecidos sob o peso de
suas correntes. Pois bem, Maria foi a mulher que derrotou o demônio, Maria a
que libertou a humanidade da escravidão [ao príncipe das trevas]. Em sua
[Imaculada] Conceição, Ela quebrantou o poder do inimigo infernal e sujeitou o
terrível vencedor dos homens. A partir daquele venturoso momento, por se terem
verificado as promessas da Redenção, o demônio, que triunfava por uma longa
série de séculos; que, arrogante e orgulhoso, mantinha subjugados sob seu
império a todos os descendentes de Adão, foi feito escravo por uma filha do
mesmo Adão.
“Por
todas essas coisas se vê claramente que Maria, em sua [Imaculada] Conceição,
foi inexpugnável como a torre de David, a todos os as saltos do inimigo; como
um exército em ordem de batalha, em cuja presença ficam tomadas de espanto as
forças contrárias; como a valorosa Judith, que esmaga […] a cabeça do infernal
Holofernes” 2
A luta, uma das glórias de Maria
Assim,
fácil nos é reconhecer a nova Judith, neste perfil que d’Ela nos traça o Prof.
Plinio Corrêa de Oliveira:
“Concebida
sem pecado original, Nossa Senhora esmagou — e esmagará para todo o sempre — a
cabeça da maldita serpente. Agindo assim, Ela acrescenta às suas
extraordinárias e singulares prerrogativas, a glória da luta. Ela combateu,
opôs um esforço a outro, despendeu todas as energias necessárias para aniquilar
o adversário. Ela o derrotou e o tem a seus pés!
“Esse
combate aumenta a glória da Filha do Padre Eterno, da Mãe do Verbo Encarnado,
da Esposa do Divino Espírito Santo!” 3
1) LE MULIER, Henry. De la Très-Sainte Vierge
d’aprés les Saintes Écritures et les Pères de l’Eglise. Paris:
Pilon, 1854. Vol. I. p. 118.
2)
TESORO DE ORATORIA SAGRADA. 2. ed. BULDÚ, Ramon (Dir.). Barcelona: Pons, 1883.
Vol. IV. p. 71.
3)
CORRÊA DE OLIVEIRA, Plinio. Conferência em 8/12/1991. (Arquivo pessoal).