domingo, 10 de maio de 2015

Nossa Senhora e Judith - Continuação

Continuação do post anterior
Glória e alegria da Santa Igreja
E outro insigne mariólogo acrescenta:
“Judith foi escolhida por Deus para ser uma das maravilhas do mundo, a libertadora de seu povo, a alegria da nação, para cortar a cabeça a Holofernes, cujo nome incutia pânico no coração de todos os fortes de Israel. [...] Maria, Ela também, foi eleita pelo próprio Deus, para ser o ornamento e a glória da antiga Igreja, o modelo da nova, para esmagar a cabeça da serpente, sob cujo poder gemia o mundo. Desde então, toda a Terra repete com os Anjos e os Santos: Ave Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco; bendita sois Vós entre as mulheres, e bendito é o fruto de vossas entranhas, Jesus” 1
A Imaculada Conceição derrota o infernal Holofernes
Outra interessante relação entre Nossa Senhora e a heroica libertadora de Israel, encontramos no Tesouro de Oratória Sagrada:
“Satanás trazia sitiado o gênero humano com mais rigor do que Holofernes a cidade de Betúlia, de sorte que os homens jaziam tiranizados e envilecidos sob o peso de suas correntes. Pois bem, Maria foi a mulher que derrotou o demônio, Maria a que libertou a humanidade da escravidão [ao príncipe das trevas]. Em sua [Imaculada] Conceição, Ela quebrantou o poder do inimigo infernal e sujeitou o terrível vencedor dos homens. A partir daquele venturoso momento, por se terem verificado as promessas da Redenção, o demônio, que triunfava por uma longa série de séculos; que, arrogante e orgulhoso, mantinha subjugados sob seu império a todos os descendentes de Adão, foi feito escravo por uma filha do mesmo Adão.
“Por todas essas coisas se vê claramente que Maria, em sua [Imaculada] Conceição, foi inexpugnável como a torre de David, a todos os as saltos do inimigo; como um exército em ordem de batalha, em cuja presença ficam tomadas de espanto as forças contrárias; como a valorosa Judith, que esmaga […] a cabeça do infernal Holofernes” 2
A luta, uma das glórias de Maria
Assim, fácil nos é reconhecer a nova Judith, neste perfil que d’Ela nos traça o Prof. Plinio Corrêa de Oliveira:
“Concebida sem pecado original, Nossa Senhora esmagou — e esmagará para todo o sempre — a cabeça da maldita serpente. Agindo assim, Ela acrescenta às suas extraordinárias e singulares prerrogativas, a glória da luta. Ela combateu, opôs um esforço a outro, despendeu todas as energias necessárias para aniquilar o adversário. Ela o derrotou e o tem a seus pés!

“Esse combate aumenta a glória da Filha do Padre Eterno, da Mãe do Verbo Encarnado, da Esposa do Divino Espírito Santo!” 3
1) LE MULIER, Henry. De la Très-Sainte Vierge d’aprés les Saintes Écritures et les Pères de l’Eglise. Paris: Pilon, 1854. Vol. I. p. 118.
2) TESORO DE ORATORIA SAGRADA. 2. ed. BULDÚ, Ramon (Dir.). Barcelona: Pons, 1883. Vol. IV. p. 71.
3) CORRÊA DE OLIVEIRA, Plinio. Conferência em 8/12/1991. (Arquivo pessoal).