segunda-feira, 18 de maio de 2015

Mãe terna, Mãe carinhosa

Continuação dos comentários ao Pequeno Ofício de Nossa Senhora  

Fostes do vero David Mãe terna, Mãe carinhosa

O verdadeiro David é Nosso Senhor Jesus Cristo, do qual foi admirável prefigura aquele Rei e Profeta de Israel. Para com seu Divino Filho, teve Nossa Senhora o mais entranhado, sublime e inexcedível amor materno.
Excelência do amor materno
“O auge da perfeição de uma pura criatura nesta vida está cifrada no amor a Deus”, ensina São Tomás de Villanueva. “E não há entre todos os amores da vida presente, amor semelhante ao que tem a mãe ao filho. Mais ainda, t...] costumam as mães amar com certa força natural até mesmo os filhos disformes e indolentes, os mais feios e abomináveis, nos quais parece não haver motivo algum de amor; e não as detêm muitas torpezas de seus filhos, pois amam com um extraordinário amor aqueles que engendraram de suas próprias entranhas.
Ardoroso amor de Maria por seu Filho
“Por conseguinte, que amor havemos de pensar professava a piedosíssima Virgem a seu único Filho, o mais encantador, o mais formoso, sábio, obediente, o melhor, inebriado de todas as graças e dons, resplandecente em todas as virtudes e ciência, o mais perfeito que podemos imaginar em todos os bens apetecíveis ao homem?
“Não conhecia Ela, com toda segurança e clareza, que, acima de tudo isso, era Ele verdadeiro Deus e Criador seu e de todas as coisas? Que ardores e labaredas não irradiaria daquele inato fogo em suas  entranhas, quando levava em seu regaço a tal Filho, nutrindo-O de seu leite? [...] Em que amor se abrasaria, ao vê-Lo já com três ou quatro anos brincando diante de si, sorrindo-Lhe com semblante encantador, acariciando-A com filial gentileza? [...]

“E não era [Marial como as outras mães, não tinha um filho comum com um varão, pois que sem concurso humano O havia concebido e gerado: sob todos os aspectos era seu, engendrado totalmente de suas entranhas. Não tinha Ele pai algum sobre a Terra, não conhecia Ela quem tivesse parte no Filho: era só Ela para Ele, e Ele era só para Ela. Não tinha um filho comum com o homem, mas com Deus. Era mãe na Terra d’Aquele que tinha a Deus por pai no Céu. Oh! inestimável caridade da Virgem! Oh! incompreensível elevação da terna Donzela!” 1
1) VILLANUEVA, Tomas de. Obras. Madrid: BAC, 1952. p. 198 e 421.
Continua