A única solução para
os grandes males está em se aplicar os remédios mais eficazes. Assim, estando
outrora a humanidade inclinada sobre um terrível abismo, a Providência
interveio enviando o Precursor a clamar por penitência e conversão, para
preparar o caminho ao Redentor.
Passados vinte
séculos, presenciamos uma nova e grave crise em todos os campos do acontecer
humano. Desta vez a Providência julgou por bem se servir da própria Mãe de
Deus: “A mensagem de Nossa Senhora de Fátima, tão maternal, se apresenta ao
mesmo tempo tão forte e decidida. Até parece severa. É como se falasse João
Batista nas margens do rio Jordão. Exorta à penitência. Adverte. Chama à
oração. Recomenda o terço, o rosário. (...) Objeto do seu desvelo são (...) as
sociedades ameaçadas pela apostasia, ameaçadas pela degradação moral.” (João
Paulo II, Homilia em Fátima, 13 de maio de 1982).
Dada a fundamental
importância das Aparições da Virgem, o Papa João Paulo II, apesar de já haver
peregrinado ao Santuário de Fátima para agradecer-Lhe a salvação de sua vida
(13 de maio de 1981), retornou àquele local a 13 de maio de 1991, afirmando em
sua homilia: “O Santuário de Fátima é um lugar privilegiado, dotado de um valor
especial: contém em si uma mensagem importante para a época que estamos a viver.
É como se aqui, no início do nosso século, tivessem ressoado, com um novo eco,
as palavras pronunciadas no Gólgota.”
Nove anos mais tarde
(13 de maio de 2000), pela terceira vez o Santo Padre caminha pelo solo das
Aparições para beatificar os pastorinhos Francisco e Jacinta. Na homilia desse
dia declarou: “Na sua solicitude materna, a Santíssima Virgem veio aqui, a
Fátima, pedir aos homens para ‘não ofenderem mais a Deus Nosso Senhor, que já
está muito ofendido’. É a dor de mãe que A faz falar; está em jogo a sorte dos
seus filhos. Por isso, dizia aos pastorinhos: ‘Rezai, rezai muito e fazei
sacrifícios pelos pecadores, que vão muitas almas para o inferno por não haver
quem se sacrifique e peça por elas’.”