segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Orações de uma mãe

É dificil haver maior amor humano que o de uma mãe por seu filho. Antes mesmo de ele nascer, ela já o quer. Por isso mesmo, é indizível o seu sofrimento quando o vê trasviar-se por tortuosos e sinistros caminhos.
Esse tema, de todas as épocas, levou Catherine Moitessier, condessa de Flavigny, a incluir estas confortadoras preces na sua “Coletânea de orações, meditações e leituras”. O livro foi publicado em Tours (França), no fim do século XIX, e teve tanto êxito que chegou a alcançar as dezoito edições.
Oração pelo filho ao qual dará à luz
Ó meu Deus, que me designastes para dar a vida a criaturas que devem tornar-se vossos filhos, filhos da Santa Igreja, irmãos de Jesus Cristo, herdeiros do Céu, dou-Vos graças por me ter concedido tal benefício e uma glória tão bela.
Imploro-Vos tornar-me digna desta elevada vocação que me concedestes.
Ofereço-Vos desde já, Senhor, o filho que me destes. Dignai-Vos preservar-me de todo acidente que possa ser-lhe funesto, e conceder-me a força necessária para trazê-lo ao mundo.
Tomai, meu Deus, a mãe e o filho sob a proteção de vossa bondade paterna.
— Que Nosso Senhor, O qual, vivendo nesta terra, tanto amou os pequeninos, abençoe desde já também este e o marque com o selo de seus eleitos.
— Que o santo Anjo designado para a sua guarda o mantenha vivo até o momento do batismo, o tome pela mão desde seu nascimento e o conduza até a hora da morte, sem permitir que manche a alva túnica de sua inocência!
— Que Maria, Mãe Imaculada de Jesus e recurso de todas as pobres mães, se digne vir em meu auxílio!
— Ó meu Deus, possa meu filho deixar meus braços e esta terra tão somente para encontrar-se convosco, junto aos coros celestiais dos anjos, ou na comunidade de vossos santos. Assim seja.
Oração pelo filho desencaminhado
Ó Jesus, Salvador e Redentor dos homens, Vós, que na tocante parábola do filho pródigo testemunhastes uma tão doce misericórdia pelos filhos que se desencaminham, dignai-Vos reconduzir o meu, infelizmente arrastado para longe de Vós, longe de mim, longe do dever.
Meu pobre filho! Ó meu Deus, eu Vos suplico, pelas lágrimas de Maria Santíssima, abri os olhos dele, tocai seu coração, quebrai as correntes que o escravizam, dai-lhe coragem. Que ele volte para Vós como um outro Agostinho, abrace Vossos pés sagrados como Madalena arrependida.
Mas, se diante de vossos olhos, aos quais nada é escondido, ó meu Deus, eu tive a terrível responsabilidade pelos desvarios que deploro;
Se, por uma negligência ou por uma culposa fraqueza, eu permiti que se inoculasse e desenvolvesse na alma de meu filho germens perigosos;
Se, mais tarde, de algum modo autorizei suas desordens, pela leviandade de minhas palavras ou de minha conduta, ó Senhor, vede meu arrependimento, a dor que expia as minhas faltas.
Perdoai a nós dois, e dai-nos a graça de nos unirmos a Vós para sempre. Assim seja.