Prof. Plinio Corrêa
de Oliveira, com o característico fervor de sua piedade mariana, estabelece uma interessante relação entre a Santíssima Virgem e o simbolismo da aurora:
“Concebida e nascendo
sem pecado original, Nossa Senhora representou para a humanidade um valor que,
devido à falta de nossos primeiros pais, era-lhe desconhecido: uma criatura
isenta de qualquer mancha, um lírio de incomparável formosura que deveria
alegrar os coros angélicos e a Terra inteira. Era, em meio ao exílio de um
gênero humano corrompido, o aparecimento de um ser imaculado.
“Além disso, Nossa
Senhora trazia consigo todas as riquezas naturais que possam caber numa mulher.
Nosso Senhor concedeu a Ela uma personalidade valiosíssima. E, a esse título, a
presença d’Ela entre os homens representava um tesouro verdadeiramente incalculável.
“Entretanto, se aos dons
naturais acrescentarmos os tesouros das graças incomensuráveis que com Ela
vinham, as maiores que Deus Nosso Senhor tenha concedido a alguém,
compreendemos então o que representa o advento de Nossa Senhora ao mundo.
“O nascer do sol é uma
pálida realidade, se o compararmos com essa resplandecente aurora que foi o
aparecimento de Nossa Senhora nesta Terra! Os mais grandiosos fenômenos da
natureza, mesmo os que representem algo de precioso e inestimável, nada são
diante do nascimento de Maria.
“O bendito momento da
entrada de Nossa Senhora neste mundo, deve ter sido saudado pela alegria de
todos os Anjos do Céu, acompanhada, talvez, por inusitados sentimentos de
júbilo nas almas retas, esparsas pelos mais variados recantos da Terra.