Deus
juntou todas as águas e as denominou mar, e juntou todas as graças e as
denominou Maria. (São Luís Grignion de Montfort)
Deus uniu em Nossa Senhora
todas as graças que Ele haveria de dar a todas as criaturas em todos os tempos.
E a partir disso, deu para todas as criaturas. Mas, também, as graças que Ele
dá devem reverter a Ele em forma de oração. E todas essas orações têm que passar
por Nossa Senhora para chegar até Ele.
De maneira que temos aí o
princípio, que é uma verdade de Fé, que Nossa Senhora é a Medianeira de todas
as graças. É o caminho de todas as graças.
Todo o bem que Deus faz, por
exemplo a nós aqui, Ele está fazendo porque Ela pediu. E se Ela não pedisse,
Ele não faria bem nenhum. E ainda que todos os Anjos e Santos do Céu pedissem
esse bem que Ele está fazendo, se não fosse por meio dEla não conseguiriam,
porque Ela é o ponto de partida de tudo. É a Mãe dEle.
Agora, em sentido contrário,
todos os pedidos que fazemos a Deus, atos de adoração, de reparação, de ação de
graças e de petição -- são os quatro atos de culto; tomamos quatro atitudes:
adora, antes de tudo, pela perfeição infinita dEle; depois dá ação de graças
por todos os benefícios que Ele nos faz; depois reparação por todas as ingratidões
nossas e de outros homens; depois petição -- esses atos todos devem subir por
meio de Nossa Senhora. Se não subirem por meio de Nossa Senhora, não adiantou
nada.
Desse modo, São Luís Grignion
de Montfort quis simbolizar isso por meio dessa frase.
Plinio Correa de Oliveira - conversa 5/03/ 1987