domingo, 16 de novembro de 2014

Pequeno Ofício - Hora Noa

Pequeno Ofício da Imaculada Conceição
NOA
HINO
Cidade sois de refúgio, de torres fortalecida,
Por David entrincheirada, e de armas também munida.
Bem não éreis concebida, em caridade abrasada,
Foi do dragão a soberba, por Vós, ferida e humilhada.
Sois a bela Abigail, Judith invicta e animosa,
Fostes do vero David Mãe terna, Mãe carinhosa.
Raquel ao Egito deu prudente-governador,
A Virgem das virgens deu ao mundo o seu Salvador. Amém.
Comentário
A Revolução tem como mentor o demônio, e por isso ela é o que há de mais vil na Terra; é um movimento que se arrasta — como a diabólica serpente — em meio aos vícios e pecados humanos, por entre aquilo que há de sórdido, feio, torto e abjeto, neste vale de lágrimas.
“Nossa Senhora é Aquela que aterroriza esse perigoso e infame adversário, porque Ela é em tudo o oposto da Revolução.
“Maria Santíssima é a Virgem-Mãe do Salvador com tudo quanto é digno, belo, nobre e santo reunido para adorná-La. Ela possui graus de esplendor de pureza e de perfeições inimagináveis!
E o contrário da maldita serpente, cuja cabeça Ela traz, continuamente, esmagada sob seus pés” 1
Encontra-se, nestas palavras do Prof Plinio Corrêa de Oliveira, uma perfeita síntese dos comentários que se poderiam fazer sobre a Hora Noa do Pequeno Oficio.
Os acentos deste Hino evocam, primordialmente, o poder vitorioso da Santíssima Virgem. Ela é a cidade fortificada, o seguro refúgio dos pecadores. E a inexpugnável Torre de David, revestida de escudos e armaduras de heróicos guerreiros, símbolos das excelsas virtudes de Maria, nunca atingidas pelos ataques do infernal inimigo.
Abrasada no amor a Deus, desde o primeiro instante de sua Imaculada Conceição, Nossa Senhora quebrantou — e para todo o sempre esmagará — a soberba do demônio.
Na Hora Noa surgem três insignes filhas do povo eleito, figuras da Bem-aventurada Virgem: a bela Abigail, que representa a onipotência suplicante de Nossa Senhora; a heroica Judith, imagem da fortaleza e do poder d’Aquela que venceu o demônio; e Raquel, mãe de José, governador do Egito, que simboliza a Santíssima Mãe
do verdadeiro Salvador do mundo.
O Hino se encerra com uma enlevada homenagem à excelsa formosura — espiritual e física — da Imaculada Conceição.

1) CORRÊA DE OLIVEIRA, Plinio. Conferência em 31/1/1989. (Arquivo pessoal).