Pequeno Ofício da Imaculada Conceição
NOA
HINO
Cidade sois de refúgio,
de torres fortalecida,
Por David
entrincheirada, e de armas também munida.
Bem não éreis concebida,
em caridade abrasada,
Foi do dragão a soberba,
por Vós, ferida e humilhada.
Sois a bela Abigail,
Judith invicta e animosa,
Fostes do vero David Mãe
terna, Mãe carinhosa.
Raquel ao Egito deu
prudente-governador,
A Virgem das virgens deu
ao mundo o seu Salvador. Amém.
Comentário
A Revolução
tem como mentor o demônio, e por isso ela é o que há de mais vil na Terra; é um
movimento que se arrasta — como a diabólica serpente — em meio aos vícios e
pecados humanos, por entre aquilo que há de sórdido, feio, torto e abjeto,
neste vale de lágrimas.
“Nossa Senhora
é Aquela que aterroriza esse perigoso e infame adversário, porque Ela é em tudo
o oposto da Revolução.
“Maria
Santíssima é a Virgem-Mãe do Salvador com tudo quanto é digno, belo, nobre e santo
reunido para adorná-La. Ela possui graus de esplendor de pureza e de perfeições
inimagináveis!
E o
contrário da maldita serpente, cuja cabeça Ela traz, continuamente, esmagada
sob seus pés” 1
Encontra-se,
nestas palavras do Prof Plinio Corrêa de Oliveira, uma perfeita síntese dos
comentários que se poderiam fazer sobre a Hora Noa do Pequeno Oficio.
Os
acentos deste Hino evocam, primordialmente, o poder vitorioso da Santíssima
Virgem. Ela é a cidade fortificada, o seguro refúgio dos pecadores. E a
inexpugnável Torre de David, revestida de escudos e armaduras de heróicos
guerreiros, símbolos das excelsas virtudes de Maria, nunca atingidas pelos
ataques do infernal inimigo.
Abrasada
no amor a Deus, desde o primeiro instante de sua Imaculada Conceição, Nossa Senhora
quebrantou — e para todo o sempre esmagará — a soberba do demônio.
Na Hora
Noa surgem três insignes filhas do povo eleito, figuras da Bem-aventurada
Virgem: a bela Abigail, que representa a onipotência suplicante de Nossa Senhora;
a heroica Judith, imagem da fortaleza e do poder d’Aquela que venceu o demônio;
e Raquel, mãe de José, governador do Egito, que simboliza a Santíssima Mãe
do
verdadeiro Salvador do mundo.
O Hino
se encerra com uma enlevada homenagem à excelsa formosura — espiritual e física
— da Imaculada Conceição.
1)
CORRÊA DE OLIVEIRA, Plinio. Conferência em 31/1/1989. (Arquivo pessoal).