quinta-feira, 19 de junho de 2014

Maria: O cedro da pureza rara

 O cedro da pureza rara
Além da elegante folha da palmeira, encontramos outro gracioso símbolo da Santíssima Virgem nesta passagem do Eclesiástico (XXIV, 17): “Elevei-me como o cedro do Líbano”.
Símbolo da inalterável pureza de Maria
“O cedro domina todas as árvores da floresta, ele se alça a extra ordinárias alturas; sua madeira é de uma essência incorruptível. Ele representa a santidade incomparável de Maria, que excede em perfeição a dos Anjos e a dos Santos; e [simboliza] também sua inteira isenção de todo pecado e sua inalterável pureza. [...]
“Pureza completa de corpo, de alma, de pensamentos, de afetos, de olhares, de palavras e de ações.
“Pureza constante, que nunca padeceu sombra ou eclipse, mas que sempre brilhou de renovado fulgor: em sua Imaculada Conceição, em sua natividade, em sua estadia no templo, durante o santo casamento com São José, até ao último instante passado sobre a Terra.
“Pureza supereminente, [...] de uma sublimidade incomparável. Ela está tanto acima das meras criaturas humanas, das Agatas, das Cecílias, das Filomenas, tanto acima do mais santo dos Anjos, quanto o céu está acima da terra!”
Cedro incorruptível, odorífero e elevado
Nossa Senhora pode ainda ser comparada ao cedro, “porquanto tem com realidade mais perfeita as qualidades que se atribuem a esta árvore. São elas: incorruptível pela preservação total do pecado; odorífero pela superabundância das virtudes e dos dons, sempre verde e viçosa pela influência da graça; elevado pela contemplação das coisas celestes.
“O cedro, sendo imune contra a corrupção, foi empregado na construção do templo de Jerusalém. Maria é o templo no qual a Divindade esteve mais ultimamente presente que no templo de Jerusalém. Portanto, também por este título merece ser chamada cedro” 1
Altíssima dignidade e vitoriosa intrepidez
Por fim, consideremos outras duas características de Nossa Senhora enquanto simbolizada pelo cedro. Interpretando a referida passagem do Eclesiástico, escreve São João Eudes: “O Espírito Santo faz dizer à Virgem que Ela, depois de seu Filho, é semelhante aos cedro do Líbano, para nos dar a entender a sublime altura de sua dignidade e santidade”.

E o Pe. Jourdain comenta: “Maria foi exaltada em glória e em graça acima de todas as criaturas. «Elevei-me como o cedro do Líbano». disse Ela, cujo odor põe em fuga a antiga serpente, o demônio. Ela se elevou como o cedro, para lutar contra esse temível inimigo” ».
1) Do PEQUENO OFÍCIO DA IMACULADA CONCEIÇÃO em latim e português com comentários. São Paulo: Paulinas, 1956. p. 127-128.