sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Maria: Protetora da Castidade


Quando Santo Edmundo de Cantuária atingiu os últimos dias de sua adolescência, resolveu ele se consagrar a Deus pelo voto de castidade perpétua. Contudo, antes de abraçar tão elevado desígnio, o jovem estudante quis tomar conselho de um homem de Deus.
“— Se desejais, disse-lhe seu santo diretor, vencer os ataques das tentações, e vos preservar de toda mancha, consagrai-vos à Mãe de misericórdia, e uni-vos a Ela por eternos compromissos. Vossa perseverança no amá-La e servi-La, será para vós um penhor de inocência e de salvação”.
“Enternecido e consolado, Edmundo se dirigiu ao altar da divina Rainha das virgens e depositou aos pés de sua imagem dois anéis, ao redor dos quais ele fizera gravar a saudação angélica. Depois disso, ajoelhou-se e pronunciou o voto de castidade perpétua. Em seguida, tomou um dos dois anéis, e, como testemunho de seus juramentos e de inviolável aliança, colocou-o no dedo da santa imagem. Ele guardou o outro para si, enfiando-o no seu dedo...
“Esse anel se tornou sagrado para o santo jovem, que o quis conservar até à morte, como sinal de sua indissolúvel união com a Rainha das virgens.
“Elevado, mais tarde, à sede de Cantuária, não quis ele outro anel pontifical, e, após sua morte, encontram este ainda em seu dedo. A imagem que tinha sido testemunha de seus castos compromissos, a partir de então foi sempre com servada como preciosa relíquia.”

BERLIOUX. Mois de Marie. 114. ed. Arras: Brunet, 1875. p. 234-235.