quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Nossa Senhora Rainha

"Pode-se dizer que a fé dos católicos na Realeza de Maria –escreve um conhecido mariólogo– é tão antiga como é antiga a Igreja Católica" 1. Esta verdade de fé foi admiravelmente sintetizada na Encíclica Ad coeli Reginam de Pio XII 2, promulgada por ocasião da instituição da festa litúrgica de Nossa Senhora Rainha, no encerramento do Ano Mariano de 1954. "Jesus é Rei dos séculos eternos por natureza e por conquista; por Ele, com Ele, em submissão a Ele, Maria é Rainha pela graça, pela parentela divina, por conquista, por singular eleição. E o seu Reino é tão vasto como o do seu Divino Filho, uma vez que nada se subtrai ao seu domínio" 3. Nosso Senhor – escreve por sua vez Plínio Corrêa de Oliveira– quis fazer de Nossa Senhora "um régio instrumento do seu amor" , havendo pois "um regime verdadeiramente marial no governo do universo. Assim se vê como Nossa Senhora, ainda quando sumamente unida a Deus e dependente d'Ele, exerce a sua ação ao longo da História"."

Nossa Senhora é infinitamente inferior a Deus, é evidente, mas Ele quis dar-Lhe esse papel num ato de liberalidade. É Nossa Senhora quem, distribuindo ora mais largamente a graça, ora menos, impedindo ora mais, ora menos a ação do demônio  exerce a sua Realeza sobre o curso dos acontecimentos terrenos. 


1 P. G. M. ROSCHINI O.S.M., "Maria Santissima nella storia della salvezza"
2 Pio XII, Encíclica Ad coeli Reginam de 11 de Outubro de 1954, in AAS, vol. 46 (1954), pp. 625-640.

3  Pio XII, Radiomensagem "Bendito seja o Senhor"