"Pode-se dizer que a fé dos católicos na Realeza de
Maria –escreve um conhecido mariólogo– é tão antiga como é antiga a Igreja
Católica" 1. Esta verdade de fé foi
admiravelmente sintetizada na Encíclica Ad
coeli Reginam de Pio XII 2, promulgada por
ocasião da instituição da festa litúrgica de Nossa Senhora Rainha, no encerramento
do Ano Mariano de 1954. "Jesus é Rei
dos séculos eternos por natureza e por conquista; por Ele, com Ele, em
submissão a Ele, Maria é Rainha pela graça, pela parentela divina, por
conquista, por singular eleição. E o seu Reino é tão vasto como o do seu Divino
Filho, uma vez que nada se subtrai ao seu domínio" 3. Nosso Senhor – escreve por sua vez Plínio Corrêa de
Oliveira– quis fazer de Nossa Senhora "um
régio instrumento do seu amor" , havendo pois "um regime verdadeiramente marial no governo
do universo. Assim se vê como Nossa Senhora, ainda quando sumamente unida a
Deus e dependente d'Ele, exerce a sua ação ao longo da História". "
Nossa Senhora é infinitamente inferior a Deus, é evidente, mas Ele quis dar-Lhe esse papel num ato de liberalidade. É Nossa Senhora quem, distribuindo ora mais largamente a graça, ora menos, impedindo ora mais, ora menos a ação do demônio exerce a sua Realeza sobre o curso dos acontecimentos terrenos.
Nossa Senhora é infinitamente inferior a Deus, é evidente, mas Ele quis dar-Lhe esse papel num ato de liberalidade. É Nossa Senhora quem, distribuindo ora mais largamente a graça, ora menos, impedindo ora mais, ora menos a ação do demônio exerce a sua Realeza sobre o curso dos acontecimentos terrenos.
1 P. G. M. ROSCHINI O.S.M., "Maria
Santissima nella storia della salvezza"
2 Pio XII, Encíclica Ad coeli Reginam de
11 de Outubro de 1954, in AAS, vol. 46 (1954), pp. 625-640.
3 Pio XII, Radiomensagem
"Bendito seja o Senhor"