segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Maria Santíssima: Sarça ardente

Continuação dos comentários ao Pequeno Ofício da Imaculada Conceição
Labaredas de amor divino que purificam a Terra
“Maria Santíssima — escreve o douto Nicolas — é a sarça ardente na qual o Senhor apareceu a Moisés entre as chamas de um fogo que saía da mesma sarça, sem consumi-la. Sarça virginal que em nada se queima com o fogo de um parto divino, e de onde brotam essas labaredas de celeste amor que abrasaram e purificaram a Terra!” 22
Sarça ardente, na qual habitou o Senhor
Também sobre esse símbolo da Santíssima Virgem, encontramos no Pe. Rolland estas belas e fervorosas palavras:
“É na solidão do deserto que Moisés contempla a sarça ardente: é no deserto do mundo, tão árido para o bem, que Maria faz sua aparição. A sarça está toda penetrada de chamas acesas pelos Anjos, no meio das quais Deus se manifesta e fala a seu servidor: Deus é um fogo que consome, e Ele vem habitar em Maria, e dirige a seu coração as mais sublimes palavras. Diante do milagre da sarça que arde sem se queimar, Moisés é tomado de admiração: em face do prodígio de Maria que recebe em si o Verbo feito carne e que guarda o tesouro de sua virgindade, há incomparavelmente mais razão para se maravilhar.
“Tudo é milagre em Maria, mas, sobretudo, no mistério da Encarnação, princípio da salvação do mundo, fonte fecunda de pureza e de virgindade. Assim, devemos oferecer a Deus o preito de nosso louvor por esse insigne ato de sua onipotência” 23
Veneração e amor a Maria, “sarça ardente da visão”
“Ah! se Deus disse a Moisés, de dentro da ardente sarça: «Não te aproximes daqui; tira as sandálias de teus pés, porque o lugar em que estás é uma terra santa»; que obséquio, que reverência não devemos professar à Mulher vestida do sol de justiça e de santidade, de que era só uma figura a sarça incandescente?
“Mas, à sua imensa grandeza, une Maria uma profunda benignidade. E quem poderá dizer, quantos encontraram em sua clemente bondade o perdão, o refúgio, a proteção e a salvação da alma, de sorte que se viram obrigados a bendizê-La como Rainha de misericórdia?

“Assim, pois, veneremos a Maria como súditos à Soberana; mas, ao mesmo tempo, amemo-La como filhos à Mãe. Não nos afastemos de sua presença sem Lhe recomendar nossa vida, nossa morte, nossa eterna salvação. E Ela, cheia de bondade, escutará nossas súplicas; cheia de poder, atenderá nossas orações, e sem dúvida experimentaremos os salutares efeitos de sua proteção” 24