Há 96 anos, na manhã de 13 de
maio de 1917, Nossa Senhora aparecia a três pastorinhos portugueses que
cuidavam de suas ovelhas nas relvas da Serra do Aire, próximo de Fátima. A
mensagem da Mãe de Deus, dirigida então a um mundo conturbado pela Grande
Guerra, repercute até os dias de hoje, conservando toda a sua grave e
misericordiosa instância: “Se querem a paz,
rezem o Terço todos os dias; deixem de ofender a Deus, já tão ofendido”.
Nas aparições seguintes, pedirá ainda a
Rainha do Céu e da Terra que os povos se consagrassem ao seu Coração
Imaculado, manancial de dádivas e
clemências divinas.
“Aparecendo aos pastores de
Fátima — escreveu Plinio Correa de Oliveira — a Virgem Santíssima prometeu as
maiores graças, como fruto da consagração a seu Imaculado Coração. Inútil
insistir sobre a importância de uma
promessa d’Aquela a quem a Igreja chama Virgo Fidelis. Em rigor, porém, por
mais confortadora que essa promessa seja, ela não é indispensável. Com efeito,
Nossa Senhora é Mãe. Qual a mãe zelosa,
que ouviria distraidamente, negligentemente as carícias de seus filhos? Qual a
mãe que diante de sua família, toda reunida para lhe tributar homenagem,
houvesse de desviar indiferente o pensamento, e houvesse de retribuir com a
máxima frieza interior, a todo o carinho de que estivesse sendo objeto? Tendo
diante de si [um povo inteiro], Maria Santíssima haveria de se mostrar
indiferente a essa consagração? Haveria
de fechar os olhos a nossos propósitos e recusar nossa súplica?
“Evidentemente, jamais. E por
mais profunda que fosse a excelência de disposições do melhor e do mais santo dos povos, em se consagrar a
Maria Santíssima, ainda muito mais profunda é a deliberação d’Ela em aceitar e
corresponder à nossa consagração. De onde se deduz, tudo bem pesado, que o fruto da consagração é o estabelecimento de
um vínculo real e especial entre o Coração de Maria e nós” (Legionário, de 15/7/1945).