quinta-feira, 17 de maio de 2012

A ufania de ser católico

“Se os primeiros mártires não fugiram dos lobos, leões e leopardos, creio não haver razão para que fujamos dos ímpios que caçoam de nossa condição de católicos. Por que o mártir não corria das feras? Porque tinha fé, tinha consciência de sua retidão, sabia-se um justo e que Deus o assistia do alto do Céu. Por isso, de peito erguido, enfrentava o leão prestes a saltar sobre ele.
“Por que todos os filhos corajosos da Igreja não recuaram diante dos adversários dela? Porque acreditavam na sua ortodoxia; tinham fé!
“Ora, temos ou não a mesma fé? Os anjos do Céu contemplam ou não a nossa luta nesta Terra?
“Não devemos, pois, nos envergonhar de sermos puros e castos, de professarmos a fé católica, apostólica, romana em sua integridade, de sermos contra-revolucionários na força do termo, pois isto significaria ter vergonha de Nosso Senhor Jesus Cristo, o modelo por excelência de pureza e de fé. E não nos esqueçamos, é do próprio Verbo Encarnado esta palavra tremenda: Se alguém se envergonhar de mim e das minhas palavras, também o Filho do Homem se envergonhará dele, quando vier na sua glória, na glória de seu Pai e dos santos anjos (Lc 9, 26).
“Portanto, estejamos seguros e ufanos do nosso ideal católico. E faço notar: não se trata de demonstrar um orgulho arrogante, mas a ufania de ser membro da Santa Igreja Católica, de ser assistido por uma força sobrenatural haurida nos Sacramentos e na devoção a Nossa Senhora, que nos torna capazes de atos que a simples natureza humana não permitiria praticar. A ufania de quem possui essa fé inabalável em Nosso Senhor Jesus Cristo, a fé que move as montanhas, que não recua diante de nenhum obstáculo, que transpõe vales e faz os montes saltarem como cabritos, no dizer da Sagrada Escritura.
“Estejamos convictos de que a piedade católica não contribui, de modo algum, para enlanguescer o vigor humano. Antes, o católico autêntico é um exemplo de varonilidade, de alguém que honra suas responsabilidades e preza sua dignidade pessoal; alicerçado nos princípios ensinados pela religião católica, ele se ufana de guardar a castidade e compreende que a pureza é uma de suas glórias. Assim como compreende que o não ter fé é uma cegueira, e aqueles que crêem são os que verdadeiramente vêem.
“Esse é o católico, desassombrado, intrépido, que não se envergonha de seguir o Divino Mestre, de se dizer filho e devoto da Santíssima Virgem, para a qual dirige sua entranhada prece:
“Ó Mãe de misericórdia, minha vida, doçura e esperança. Fazei de mim, a alma corajosa que devo ser, imbuída de uma leonina força católica, apostólica, romana, repleta de ufania cristã! E assim, ó Virgem, meu louvor a Vós será o tributo do homem que, acima de tudo, crê nas verdades divinas e por elas luta; será o louvor do heroísmo e da epopeia. Amém.”