segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

A Imaculada Conceição, obra-prima do Criador

Na bula Inefffabilis Deus com a qual Pio IX definiu o dogma da Imaculada Conceição (cuja festa se comemora no dia 8 de Dezembro, encontra-se este trecho: A doutrina que sustenta que e Beatíssima Virgem Maria, no primeiro instante da sua conceição, por singular graça e privilégio de Deus onipotente, em vista dos méritos de Jesus Cristo, Salvador do género humano, foi preservada e imune do toda mancha de pecado original, essa doutrina foi revelada por Deus, o por isto deve ser crida firme e inviolavelmente por todos os fiéis’.
O Sumo Pontífice afirma, portanto, que Nosso Senhora, por uma graça singular e em vista dos méritos do Cristo, a partir do primeiro instante de seu ser foi isenta da mancha do pecado original. Essa doutrina foi revelada por Deus, ou seja, está na Bíblia, e por isso deve “ser crida firme e inviolavelmente por todos os fiéis”.
Para se avaliar o extraordinário significado da Imaculada Conceição, é preciso ter em conta que, em consequência da queda do Adão, todos os seus descendentes haviam de nascer com o pecado original. Lamentável herança em virtude da qual os sentidos do homem continuamente se revoltam contra a sua razão, expondo-o a novos e incontáveis pecados.
Durante milénios verificou-se, Inexorável, essa lei da maldição. Em determinado momento, porém, os Anjos assistem atônitos a um fato sem procedentes na história da Humanidade decaída: Deus quebranta a funesta lei, e um ser é inteiramente concebido sem pecado original É Nossa Senhora que surge imaculada, resplandecente, com todo o brilho e todo o fulgor de uma criatura perfeita, como o foram Adão e Eva ao saírem das mãos do Onipotente.
Pode-se imaginar que, nesse sublime instante, um (frémito de júbilo e de gIória percorreu todo o universo, acentuado pelo fato de que Maria, isenta do pecado original, era também a obra-prima da criação. Acima d’Ela haveria da estar, apenas, a humanidade Santíssima do Nosso Senhor Jesus Cristo.
Narra a Sagrada Escritura que o Padre Eterno, depois de concluída a obra da Criação, repousou na enlevada consideração do quo Ele tinha feito. Descansou, porém, tendo-se proposto criar um ser que superasse em maravilha tudo o que até então sua onipotência realizara, uma mulher da qual haveria de nascer o Verbo Encarnado. E foi precisamente no momento da Conceição Imaculada de Nossa Senhora que Deus executou essa sua obra-prima.