Ó minha Mãe, Medianeira
de todas as graças, na vossa luz veremos a luz! Mãe, antes ficar cego do que
deixar de ver vossa luz, porque vê-la é viver. Na sua claridade contemplaremos
todas as luzes; e sem ela, nenhuma luz refulge. Não considerarei vida os
momentos em que ela não brilhar; e eu, da vida, não quererei ter mais nada do
que a mente banhada por essa luz.
Ó luz, eu vos seguirei
custe o que custar: pelos vales, montes, desertos e ilhas; pelas torturas, pelos
abandonos e olvidos; pelas perseguições e tentações, pelos infortúnios, pelas
alegrias e triunfos. Eu vos seguirei de tal maneira que, mesmo no fastígio da
glória, não me incomodarei com ela, porque só me preocuparei convosco. Eu vos
vi, e até o Céu não desejarei outra coisa, porque, uma vez, vos contemplei!
Plinio Correa de
Oliveira – composto na década de 1970