domingo, 20 de setembro de 2015

Prontidão de Nossa Senhora

Nossa Senhora foi concebida em graça, e esta graça deu-Lhe todos os dons que tinha o homem no Paraíso terrestre. Ela tinha todos os dons do Espírito Santo, e os possuía em grau máximo. No ponto de partida dEla, de concepção dela, Nossa Senhora tinha todos os dons e todas as virtudes em grau mais excelso do que os próprios anjos e santos que estão no Céu.
Esta que foi escolhida para ser Mãe de Deus, já possuindo Deus encarnado em seu claustro materno, é convidada a fazer uma visita a uma prima. Prima muito mais idosa do que Ela. Por um mistério que nós não conseguimos atingir inteiramente, pelas relações que existem entre o sobrinho que vai nascer e o filho que Ela tem no seu claustro materno que também vai nascer, a relação entre um e outro faz com que Ela se submeta a este convite, a esta obrigação social de ir visitar sua prima Santa Isabel que estava para dar à luz a um sobrinho.
Ela já tendo em si o Menino Jesus sendo constituído, sendo formado, não hesita. Ela sabe das dificuldades do caminho, esse caminho é coalhado em determinado ponto por ladrões, por bandidos, Ela pode perfeitamente ser assaltada no meio do caminho, Ela pode ser morta no meio do caminho, Ela pode ser agredida, mas Ela passa por cima de tudo isto porque percebe que esta visita é desejada por Deus.
Aqui vê-se a prontidão de Nossa Senhora, a docilidade, a disposição inteira dEla em fazer a vontade de Deus. Não mede sacrifícios, não mede esforços, está disposta inteiramente a dar-se, e a dar-se por inteira.

Maria Santíssima, Rainha dos Céus e da terra, vós tendes à vossa disposição todos os anjos. Se vós quisésseis, vós mandaríeis um anjo descer do Céu para aplainar esse caminho. Entretanto, vós quisestes passar por todas essas dificuldades para exemplo meu. Eu na minha vida encontro dificuldade, eu na minha vida encontro problemas, e vós quereis que eu passe por esses problemas como vós passastes por esses problemas. Minha Mãe, dai-me forças de ser como vós”.
Mons João Clá Dias. Texto extraído de uma meditação na Catedral da Sé - SP em 21/10/1999. Sem revisão do autor.