sexta-feira, 12 de junho de 2015

Amor levado aos extremos da natureza e da graça

Continuação dos comentários ao Pequeno ofício da Imaculada
“Contudo, não fizemos senão roçar, de certo modo, numa tão bela matéria. Seria o bastante, se Jesus Cristo fosse apenas simples criatura, o mais perfeito dos filhos dos homens. Mas, Ele é Deus, e a Virgem sua Mãe, instruída pelo Espírito Santo, acreditava com todas as forças de sua inteligência e de seu coração que este menino, nascido de suas entranhas, era o Filho eterno de Deus, Deus como seu Pai e consubstancial a Ele. Em consequência, seu amor materno não se detinha no homem; ele não podia separar o que estava indissociavelmente unido.
Em seu Filho Ela via, Ela amava seu Deus. Uma boa mãe ama tudo o que pertence à pessoa de seu filho, e na proporção da dignidade das partes: o corpo e a alma, mais a alma do que o corpo.
“É assim, ó Maria, que Vós amais a Jesus. Certo, amais sua humanidade, pois ela é para todos, e para Vós mais do que para todos os outros, soberanamente amável. Entretanto, muito mais tendes amor à sua divindade, pois esta é a fonte infinitamente fecunda de toda bondade, de toda grandeza, de toda beleza. [...]

“Portanto, em Maria o amor materno é levado até os últimos limites da natureza e da graça, posto que em seu Filho Ela ama o Homem-Deus.