Na
Ladainha Lauretana é Nossa Senhora invocada como Torre de Marfim, O Prof.
Plinio Corrêa de Oliveira assim interpreta esse título da Mãe de Deus:
“Poucas
imagens poderiam dar tanto a ideia de intransigência quanto a Torre de Marfim.
É a fortificação feita de material limpíssimo, alvíssimo duríssimo, que é bem a
representação da pureza e da santa intolerância É a torre da integridade, da
segurança de quem não tem falsas condescendências, e onde o homem se mostra
superior em relação às vulgaridades e baixezas deste mundo.
“Na
criação, Nossa Senhora, que é a Arca da Aliança, a Porta do Céu, vista sob
outro aspecto, bem merece ser chamada a Torre de Marfim, pelo fato de que Ela,
entre todas as criaturas, levanta- se como uma torre. Só Ela teve a conceição
imaculada; só Ela obteve o privilégio da virgindade antes, durante e depois do
parto; só Ela correspondeu à graça de modo a ser objeto inteiro de toda a
predileção e de toda a complacência de Deus.
“Nas
guerras de outrora, as torres eram dispositivos de defesa, a partir dos quais
eram repelidos os ataques dos inimigos. Ora, a Santíssima Virgem se apresenta
como uma fabulosa antítese de toda sorte de erro e de mal. Assim, Ela é bem uma
torre, e uma torre de marfim, no meio de todas as degradações, misérias e
corrupções que existem no mundo. Ela é inteiramente casta, Virgem entre as
virgens, sempre obediente a Deus, Rainha de tudo e de todos.
“Verdadeiramente,
Nossa Senhora se ergue como uma torre na planície: torre puríssima de marfim,
invulnerável ao pecado, indiferente a todas as investidas de seus adversários,
voltada apenas para Deus” 1
1)
CORRÊA DE OLIVEIRA, Plinio. Conferência em 1963. (Arquivo pessoal).