Fonte
de consolo e de fortaleza, Nossa Senhora o é, sobretudo, para os que pugnam nas
fileiras da Igreja Militante. E o que nos ensina o Prof. Plinio Corrêa de
Oliveira:
“A
condição do católico, nesta terra, é «suspirar gemer e chorar», como dizemos na
Salve Regina. E um de nossos gemidos é a luta contra os adversários da Santa
Igreja e os inimigos — espirituais e humanos — de nossa salvação. É o gemido
por ter de tomar a iniciativa de combatê-los, de não ceder nunca, de estar
continuamente batalhando, sem desfalecimento. Por isso devemos recorrer sempre
a Nossa Senhora, Mãe de Misericórdia e Consoladora dos Aflitos.
“Consolar
não é apenas enxugar o pranto de quem chora. É muito mais do que isso. É também
dar força, ânimo e decisão. Pode-se, portanto, dizer que Nossa Senhora é a
Decisão dos Aflitos.
“Em
meio às suas aflições, o homem facilmente se acabrunha e se entristece de modo
excessivo, perde a coragem e se deixa dominar pelo desânimo. Nossa Senhora
pode, magnificamente, atenuar-lhe os sofrimentos. Contudo, o maior benefício
que Ela concede ao homem aflito, não é o de suavizar as dores que ele tem de
enfrentar, mas o de lhe dar forças para suportá-las.
“Nada,
portanto, de uma piedade unicamente lacrimosa e passiva. Se estamos gemendo e chorando,
devemos imitar a Nosso Senhor no Horto das Oliveiras: peçamos forças para
arrostar o perigo, o risco e a luta que estão diante de nós. E Nossa Senhora
então nos consolará, dizendo-nos:
«Filho,
ânimo! Eu te concedo forças para lutar No Céu serão pagos os teus sofrimentos,
e serão recompensadas em glória todas as cruzes que tiveres de carregar sobre
os ombros. Coragem, e anda para frente!»