O
pórtico de nossa devoção a Nossa Senhora é justamente esta constatação da
verdadeira necessidade que temos de misericórdia. Não de uma necessidade
qualquer, mas de uma necessidade contínua e completa. É a compreensão de que, a
não ser por uma bondade inteiramente materna e completamente gratuita, nós não
nos arranjamos.
Devemos
continuamente recorrer a Ela. Mas recorrer como mendigos, de joelhos em terra,
de chapéu na mão, batendo no peito, e entendendo que não temos direito à sua
misericórdia. Aí, sim, Nossa Senhora se faz toda doçura para nós, toda
suavidade, toda paciência, até para as coisas mais descabidas.
Plinio Corrêa de Oliveira