Maria Santíssima é o
refúgio perene, contínuo, que jamais se fecha a qualquer espécie de pecadores.
Está na grandeza de Nossa Senhora ser um imenso e perfeito refúgio, porque tudo
n’Ela excede a nossa capacidade de cogitação.
Um porto é um abrigo
contra o mar revolto, e um navio encontra ali um refúgio. Dizemos que esse refúgio
é tanto maior e mais esplêndido quanto mais navios couberem nele. Em uma
enseada como a do Rio de Janeiro, por exemplo, onde não sei quantas esquadras
poderiam entrar e sentirem-se completamente protegidas contra o mar bravio,
vemos uma grandeza, uma magnificência e um esplendor incomensuráveis.
A Santíssima Virgem
é assim. Ela pode dar refúgio a pecadores cujos pecados atingem um tamanho inimaginável,
ingratidões inconcebíveis, insondáveis. Desde que a alma se volte para esta boa
Mãe, Ela cobre tudo e aceita de dar toda espécie de perdão para toda espécie de
pecados. Maria é, portanto, o refúgio por excelência.
Se sentirmos tristeza
por notarmos que temos alguma culpa, devemos dizer a Ela:
“Temos culpa, é
verdade. Mas Vós sois o Refúgio dos Pecadores, e está na vossa grandeza, ó
minha Mãe, tomar os meus pecados e defeitos, e abrir para eles como que um porto
para me defender do alto-mar das consequências interiores e exteriores das
minhas desordens. À vossa grandeza corresponde também a grandeza de vossa
misericórdia, Vós tereis pena de mim e me acolhereis”.
Plinio Correa de Oliveira –
Extraído d conferência de 5/9/1970