A melhor maneira de reverenciar, louvar e pedir graças a Jesus enquanto Este se encontra presente em nosso interior, após a Sagrada Comunhão, é fazê-lo por meio de Maria. “Um Rei entra em nossa casa e temos algo em comum com Ele: a mesma Mãe!”
Segundo uma prática piedosa mais que recomendável, quando recebemos Nosso Senhor eucarístico — cuja presença dentro de nós se estenderá por algum tempo — convém nos dirigirmos a Jesus pelas mãos de Maria Santíssima, Mãe d’Ele e nossa, cogitando, por exemplo, no seguinte:
“Sinto em meu interior algo que me diz: ‘Deus está aqui’, e duas impressões se apoderam de meu espírito. Primeiro, a de ser um sacrário no qual se acha Aquele que eu julgava inatingível . Oh! honra! Oh! maravilha! Mas, em segundo lugar, a noção de que eu conheço esse sacrário . . . Lembro-me de quantas vezes fui infiel e dos defeitos com os quais convive minha pobre alma . E este homem ingrato, ser tabernáculo d’Aquele que é infinitamente santo, perfeito, meu Senhor, meu Criador! Eu não existia e Ele me tirou do nada, deu-me a vida . Ecce enim in peccato concepit me mater mea (cf . Sl 50, 7) — eis que no pecado me concebeu minha mãe, devem dizer todos os homens, filhos de Adão e Eva, porque nasceram com o pecado original, raiz de nossas faltas pessoais . Não sou digno de recebê-Lo! Preciso ter uma ponte com esse Rei que entrou em minha casa . Há algo em comum entre Ele e eu: temos a mesma Mãe!”