terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Consoladora dos Aflitos

Consolar não é apenas enxugar o pranto de quem chora; é muito mais do que isso. É dar força, dar ânimo, e dar decisão.
Nossa Senhora é a consoladora dos aflitos. O homem que fica aflito, facilmente se acabrunha exageradamente, perdendo a coragem e se entregando. Nossa Senhora o consola dizendo: “Meu filho, ânimo! Eu te concedo forças para lutar”

Plinio Corrêa de Oliveira

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

Nossa Senhora “Salus Populi Romani”

Há doenças em relação às quais Nossa Senhora sente ainda maior compaixão: as da alma. Com efeito, quantos cristãos doentes, cuja alma é fraca na fé, na piedade, no fervor; que têm uma vida espiritual langorosa; que levam consigo todas as características da tibieza, e que logo talvez cairão nas profundezas do abismo! Pois bem, é principalmente por essas almas que Maria Se compraz em interceder junto a seu Filho, e cujas orações e gemidos tem Ela mais satisfação em atender.

Pe. Martin Berlioux

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

O primeiro triunfo sobre o demônio

Continuação dos comentários ao Pequeno Ofício de Nossa Senhora
E no Tesouro de Oratória Sagrada lemos:
“Com muita razão, o nascimento de Maria é comparado, nas Sagradas Escrituras, à aurora, pois assim como esta anuncia o término da noite e o princípio do dia, também o nascimento de Maria anunciou o fim das vitórias do demônio e o início dos triunfos sobre este antigo e formidável adversário.
“Sim, todos, por muito nobre que seja nossa origem, por muitas riquezas que possuamos, e por grandes ações que ilustrem nosso nome, fomos escravos do príncipe dos abismos. Porém, Maria nunca foi escrava do príncipe das trevas. [...] Ela entrou toda pura em meio aos descendentes de Adão, e apareceu formosíssima em meio aos filhos dos homens: nenhuma nódoa ofuscou sua candura, nenhuma sombra manchou sua gentileza; de sorte que, em seu nascimento, vemos o primeiro triunfo sobre o demônio, a primeira vitória sobre o Inferno” 22
Inestimável tesouro para a humanidade
Por fim, ouçamos o Prof. Plinio Corrêa de Oliveira, com o característico fervor de sua piedade mariana, estabelecendo interessante relação entre a Santíssima Virgem e o simbolismo da aurora:
“Concebida e nascendo sem pecado original, Nossa Senhora representou para a humanidade um valor que, devido à falta de nossos primeiros pais, era-lhe desconhecido: uma criatura isenta de qualquer mancha, um lírio de incomparável formosura que deveria alegrar os coros angélicos e a Terra inteira. Era, em meio ao exílio de um gênero humano corrompido, o aparecimento de um ser imaculado.
“Além disso, Nossa Senhora trazia consigo todas as riquezas naturais que possam caber numa mulher. Nosso Senhor concedeu a Ela uma personalidade valiosíssima. E, a esse título, a presença d’Ela entre os homens representava um tesouro verdadeiramente incalculável.
“Entretanto, se aos dons naturais acrescentarmos os tesouros das graças incomensuráveis que com Ela vinham, as maiores que Deus Nosso Senhor tenha concedido a alguém, compreendemos então o que representa o advento de Nossa Senhora ao mundo.
“O nascer do sol é uma pálida realidade, se o compararmos com essa resplandecente aurora que foi o aparecimento de Nossa Senhora nesta Terra! Os mais grandiosos fenômenos da natureza, mesmo os que representem algo de precioso e inestimável, nada são diante do nascimento de Maria.

“O bendito momento da entrada de Nossa Senhora neste mundo, deve ter sido saudado pela alegria de todos os Anjos do Céu, acompanhada, talvez, por inusitados sentimentos de júbilo nas almas retas, esparsas pelos mais variados recantos da Terra.
22) TESORO DE ORATORIA SAGRADA. 2. ed. BULDÚ, Ramon (Dir.). Barcelona: Pons, 1883. Vol. IV. p. 105-106.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

Aurora que enche de alegria os Anjos e a Igreja

Continuação dos comentários ao Pequeno Ofício de Nossa Senhora

E qual  aurora surgente refulge em esplendor

Arrebatado pelos esplendores dessa “aurora da salvação”, São João de Avila a Ela assim se dirige:
“Por que [sois comparada à] aurora, bendita Menina? Porque assim como a aurora nada tem a ver com a noite, assim Vós, quando nasceis do seio de vossa mãe, não sois tocada pelo pecado. Durante a aurora afogou Deus ao Faraó e aos seus, no Mar Vermelho. E em Vós, que nasceis como aurora, afogou Deus ao demônio e aos pecados, de maneira que em coisa alguma tivessem parte convosco. [...]
“Somos concebidos no pecado original e nascemos pecadores do ventre de nossa mãe; e com nosso descuido e mau comportamento, sobre o pecado que de Adão herdamos, acrescentamos outros por nossa culpa e própria vontade. Uns pecaram mais que outros, mas ninguém que neste mundo vive esteve isento de falta, a não ser Vós, eleita particularmente pela divina bondade para que, por sua honra, não caísse pecado em Vós, mas fôsseis toda limpa e preciosa como ouro fino. [...]
“Caminhais como aurora e causais espanto aos que não Vos conhecem, dais alegria aos que Vos contemplam. Porque ver um corpo que nunca foi rebelde à sua alma, e nem um só movimento teve contra ela; [ver] uma parte sensitiva que, sem revolta, obedecia sempre à razão, e uma razão e vontade sempre sujeitas a Deus, são obra nova, nunca vista até hoje em ninguém, nem depois de Vós, exceto em vosso sacratíssimo Filho.
“Com muita razão se admiram os Anjos e a Igreja inteira, vendo-Vos nascer com luz de aurora, pois notam em Vós uma santidade que não houve semelhante no passado, nem haverá no porvir” 1
1) AVILA, Juan de. Obras Completas. Madrid: BAC, 1953. Vol. II. p. 935.
Continua