segunda-feira, 8 de agosto de 2016

Sol do repouso e das longas meditações …

Continuação dos comentários ao Pequeno Ofício de Nossa Senhora
E o Prof. Plinio Corrêa de Oliveira assim se refere a Nossa Senhora, enquanto representada pela lua:
“O natal de Nosso Senhor Jesus Cristo representou uma honra incomparável para toda a humanidade. Guardadas as proporções, também o nascimento de Nossa Senhora conferiu particular nobreza ao gênero humano. Ela foi a criatura mais perfeita nascida até então, concebida sem pecado original, e à qual foi dada, desde o primeiro instante de seu ser, uma superabundância de graças. Compreende-se, pois, a afirmação de que Maria Santíssima está para Nosso Senhor, assim como a lua para o sol: Ela representa a suave e amena luminosidade da lua, e Ele, a onipotente e deslumbrante claridade do sol.
“Há, sem dúvida, imensa beleza no despontar do astro-rei. Contudo, em certas ocasiões, o aparecimento da lua tem também seu encanto, sua poesia e sua grandeza. E assim a natividade de Nossa Senhora foi, para toda a humanidade, como um magnifico nascer da lua: sol das sombras, sol do repouso, sol das longas meditações e das extensas digressões do espírito...” 
Lua que determina o movimento das misericórdias divinas
Concluímos com esta expressiva consideração do Pe. Rolland:
“Quando, numa noite calma e tranquila, levanto meus olhos para o firmamento e contemplo a lua, tão bela, tão suavemente luminosa, tão pacífica e tão recolhida, penso: Existe um astro que ilumina a noite das pobres almas que estão no pecado, e as convida ao recolhimento e à reflexão é Maria.

“Ela refulge no firmamento dos eleitos, de um brilho particular, mais luminoso que os Anjos e os Santos, refletindo perfeita e plenamente, sem nenhuma sombra, o Sol de Justiça, e determinando — como a lua o faz com o fluxo e o refluxo das marés — os dois movimentos que alegram o coração da Trindade e salvam as almas: o movimento das súplicas que sobem ao Céu, e o das misericórdias divinas que descem sobre a Terra” .
ROLLAND. La Reine du Paradis. 8. ed. Paris: Langres, 1910. Vol. I. p. 165.