quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Oração à Santíssima Virgem

Ó bem-aventurada e dulcíssima Virgem Maria, Mãe de Deus, cheia de toda bondade, filha do Rei dos reis, Soberana dos Anjos, Mãe do Criador do universo, confio à vossa maternal bondade — hoje e em todos os dias de minha vida — meu corpo e minha alma, todas as minhas ações, meus pensamentos, meus atos de vontade, meus desejos, minhas palavras, minhas obras, minha vida inteira e minha morte, a fim de que, com vosso apoio, tudo se encaminhe para o bem, segundo a vontade de vosso querido Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo, a fim de que eu Vos tenha, ó minha santíssima Soberana, como aliada e consoladora, contra as emboscadas e as armadilhas do antigo adversário e de todos os meus inimigos.
Dignai-Vos obter-me de vosso amado Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo, a graça que me permita resistir às tentações do mundo, da carne e do demônio, e de manter sempre o firme propósito de não mais pecar doravante, mas de perseverar no vosso serviço e no de vosso querido Filho.
Rogo-Vos também, ó minha santíssima Soberana, obter-me uma verdadeira obediência e uma sincera humildade de coração, a fim de que eu me considere verdadeiramente como um miserável e frágil pecador, incapaz não só de fazer qualquer boa obra, mas também de resistir aos ataques contínuos das tentações, se não tiver a graça, o socorro de meu Criador e de vossas santas orações.
Obtende-me ainda, ó minha dulcíssima Soberana, uma castidade perpétua de espírito e de corpo, a fim de que, com o coração puro e o corpo casto, possa servir vosso Filho bem-amado, assim como a Vós mesma, segundo minha vocação.
Obtende-me d’Ele a pobreza voluntária, com a paciência e a tranqüilidade de espírito, a fim de que possa enfrentar os trabalhos de minha condição, para minha salvação e a de meus irmãos.
Obtende-me também, ó dulcíssima Soberana, uma caridade perfeita, que me faça amar de todo coração vosso santíssimo Filho Nosso Senhor Jesus Cristo — e a Vós mesma depois d’Ele — acima de todas as coisas, e ao próximo em Deus e por causa de Deus, sabendo alegrar-me com o bem alheio, afligir-me pelo mal do próximo, não menosprezar ninguém, nunca julgar temerariamente, nem me preferir a ninguém.
Ensinai-me, ademais, ó Rainha do Céu, a unir sempre em meu coração o temor e o amor de vosso dulcíssimo Filho; a dar-Lhe sempre graças por tantos benefícios que me vêm, não de meus méritos, mas de sua pura bondade; a fazer de meus pecados uma confissão pura e sincera, e uma verdadeira penitência, para assim merecer sua misericórdia e perdão. Suplico-Vos, por fim, ó única Mãe, porta do Céu e advogada dos pecadores, de não permitir que no término de minha vida eu, vosso indigno servidor, me desvie da santa fé Católica; que me socorrais segundo vosso grande amor e misericórdia, e me defendais dos espíritos maus; que, pela gloriosa Paixão de vosso abençoado Filho e por vossa própria intercessão, com o coração cheio de esperança, me obtenhais de Jesus o perdão de meus pecados, de sorte que, morrendo em vosso amor e no d’Ele, me conduzais pela via da salvação eterna. Assim seja.

(São Tomás de Aquino)

terça-feira, 19 de novembro de 2013

Apresentação de Nossa Senhora no Templo

A Festa da Apresentação de Nossa Senhora no Templo, que transcorre no dia 21 deste mês, foi instituída ao ser consagrada a igreja de Santa Maria a Nova, em Jerusalém, no ano 543. Assim, a liturgia confirmava como fato histórico o que se lê no texto apócrifo conhecido como Protoevangelho de Tiago: a Santíssima Virgem foi levada pelos seus pais, São Joaquim e Sant’Ana, ao Templo de Jerusalém, com tenra idade, para viver uma vida de recolhimento e oração nesse sagrado lugar.
Segundo Plinio Correa de Oliveira, o momento do ingresso da santa Menina no Templo provavelmente foi o mais belo espetáculo até então contemplado pelos Anjos do Céu. E ao comentar uma passagem de São Francisco de Sales a esse propósito, acrescentava: “Não sei se São Joaquim e Sant’Ana tinham plena noção de que Nossa Senhora estava destinada a ser a Mãe do Verbo Encarnado. Porém, certamente sabiam que sua filha fora escolhida por Deus para altíssimas coisas com vistas ao advento do Messias. É-nos dado supor, aliás, que essa menina, concebida sem pecado original e, portanto, sem as limitações inerentes a este, sem deixar as atitudes próprias de uma criança, possuía em sua alma um dom de contemplação maior que o dos maiores santos da Igreja.
Quer dizer, n’Ela se harmonizavam a extrema afabilidade e meiguice da criança com uma grandeza da qual os homens mais excelentes da Terra não são senão minúscula figura. Esse terá sido o desejo de Nossa Senhora, em que sendo Ela a Rainha incomparável do universo, aparecesse aos olhos de todos como uma simples menina. Contraste de beleza insondável, diante do qual permanecemos emudecidos de admiração!
Pois foi essa maravilhosa menina que seus pais levaram ao Templo. Segundo São Francisco de Sales, durante essas peregrinações à Cidade Santa, os judeus iam pelas estradas entoando cânticos, de modo particular os salmos compostos por David para essa finalidade. Podemos imaginar as lindas cenas que tais romarias proporcionavam: chegado o mês da visita ao Templo, judeus das mais variadas regiões se punham a palmilhar os caminhos de Israel, envolvendo-os com seus cantos religiosos.
Entre eles, certa feita, encontravam-se São Joaquim, Sant’Ana e Nossa Senhora. Imaginemos, então, se pudermos, o cântico da Menina, elevado com uma voz inefável, repetindo as palavras que seu régio ancestral escrevera por inspiração do Espírito Santo para aquela circunstância!
Pensemos em Maria cantando pelas estradas judaicas, e os anjos acompanhando seus passos e seu cântico, extasiando-se eles, sobretudo, com as harmonias de alma que a pequena Virgem manifestava a cada instante.
Ainda segundo São Francisco de Sales, do alto dos terraços da Jerusalém Celeste, os querubins e os serafins, e toda a corte angélica, debruçavam-se para contemplar Nossa Senhora a caminho de Jerusalém, e esse espetáculo, ignorado pelos homens, incutia-lhes um gáudio inexprimível.
De fato, cena mais bela e mais eloqüente do que essa, só poderia ser aquela em que esses mesmos anjos viriam Nossa Senhora ingressar no Templo, como a rainha que toma posse daquilo que lhe é próprio; como a jóia que se instala no escrínio onde deve ser guardada...”
Plinio Correa de Oliveira - Extraído de conferência em 21/11/1965

domingo, 17 de novembro de 2013

Novena da Medalha Milagrosa

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