segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Nossa Senhora, Rainha posta para a salvação do mundo

Ainda sobre o título de Nossa Senhora Rainha, não menos eloquentes são estas palavras do Papa Pio XII:
“A realeza de Maria é uma realidade ultraterrena, que ao mesmo tempo, porém, penetra até no mais íntimo dos corações e os toca na sua essência profunda, no que eles têm de espiritual e imortal.
“A origem das glórias de Maria, o momento solene que ilumina toda a sua pessoa e missão, é aquele em que, cheia de graça, dirigiu ao Arcanjo Gabriel o Fiat, que exprimia o seu assentimento à disposição divina. Ela se tornava assim, Mãe de Deus e Rainha, e recebia o ofício real de velar sobre a unidade e paz do gênero humano. Por meio d’Ela temos a firme esperança de que a humanidade se há de encaminhar pouco a pouco nesta senda da salvação. [...]
“Que poderiam, portanto, fazer os cristãos na hora atual, em que a unidade e a paz do mundo, e até as próprias fontes da vida, estão em perigo, se não volverem o olhar para Aquela que se lhes apresenta revestida do poder real? Assim como Ela envolveu já no seu manto o Divino Menino, primogênito de todas as criaturas e de toda a criação (Col. I, 15), assim também digne-se agora envolver todos os homens e todos os povos com a sua vigilante ternura; digne-se, como Sede da Sabedoria, fazer brilhar a verdade das palavras inspiradas, que a Igreja Lhe aplica: «Por meu intermédio reinam os reis, e os magistrados administram a justiça; por meio de Mim mandam os príncipes e os soberanos governam com retidão» (Prov. VIII, 15-16).
“Se o mundo hoje combate sem tréguas para conquistar sua unidade e para assegurar a paz, a invocação do reino de Maria é, para além de todos os meios terrenos e de todos os desígnios humanos de qualquer maneira sempre defeituosos, o clamor da fé e da esperança cristã, firmes e fortes nas promessas divinas e nos auxílios inesgotáveis, que este império de Maria difundiu para a salvação da humanidade” 31
Rainha que vencerá a Revolução
Como fecho desses comentários ao louvor em epígrafe, vem a propósito outro pensamento do Prof. Plinio Corrêa de Oliveira, particularmente oportuno nesta atual fase histórica, convulsionada pelo caos em quase todas as atividades humanas:
“A realeza de Nossa Senhora, fato incontestável em todas as épocas da Igreja, veio sendo explicitada cada vez mais a partir de São Luís Grignion de Montfort, até aquele 13 de julho de 1917, quando Maria anunciou em Fátima: «Por fim, o meu Imaculado Coração triunfará». E uma vitória conquistada pela Virgem, é o seu calcanhar que outra vez esmagará a cabeça da serpente, quebrará o domínio do demônio e Ela, como triunfadora, implantará seu Reino.
“Portanto, devemos confiar em que Maria já determinou atender as súplicas de seus filhos contra-revolucionários, e que Ela, Soberana do universo, pode fazer a Contra-Revolução conquistar, num relance, incontável número de almas. Nossa Senhora Rainha poderá expulsar desta Terra os revolucionários impenitentes, que não querem atender ao seu apelo, de maneira que um dia Ela possa dizer: Por fim — segundo a promessa de Fátima — o meu Coração Imaculado triunfou!” 32
31) PIO XII. Discurso no solene rito mariano de 1 de novembro de 1954. In: Documentos Pontifícios. Petrópolis: Vozes, 1955. p. 20-21.
32) Cfr. CORRÊA DE OLIVEIRA, Plinio. Conferências em 31/5/1965 e 31/5/1991. (Arquivo pessoal).