sábado, 28 de abril de 2012

Pedidos de Nossa Senhora de Fátima

Há 95 anos, na manhã de 13 de maio de 1917, Nossa Senhora aparecia a três pastorinhos portugueses que cuidavam de suas ovelhas nas relvas da Serra do Aire, próximo de Fátima. A mensagem da Mãe de Deus, dirigida então a um mundo conturbado pela Grande Guerra, repercute até os dias de hoje, conservando toda a sua grave e misericordiosa instância: “Se querem a paz, rezem o Terço todos os dias; deixem de ofender a Deus, já tão ofendido”. Nas aparições seguintes, pedirá ainda a Rainha do Céu e da Terra que os povos se consagrassem ao seu Coração Imaculado, manancial de dádivas e clemências divinas.
Sejamos dóceis em atender a tais pedidos de Nossa Senhora. Doutor Plinio frisou a necessidade de o fazermos, com os inestimáveis benefícios que dessa obediência nos adviriam:
“Aparecendo aos pastores de Fátima — escreveu ele — a Virgem Santíssima prometeu as maiores graças, como fruto da consagração a seu Imaculado Coração. Inútil insistir sobre a importância de uma promessa d’Aquela a quem a Igreja chama Virgo Fidelis. Em rigor, porém, por mais confortadora que essa promessa seja, ela não é indispensável. Com efeito, Nossa Senhora é Mãe. Qual a mãe zelosa, que ouviria distraidamente, negligentemente as carícias de seus filhos? Qual a mãe que diante de sua família, toda reunida para lhe tributar homenagem, houvesse de desviar indiferente o pensamento, e houvesse de retribuir com a máxima frieza interior, a todo o carinho de que estivesse sendo objeto? Tendo diante de si [um povo inteiro], Maria Santíssima haveria de se mostrar indiferente a essa consagração? Haveria de fechar os olhos a nossos propósitos e recusar nossa súplica?
“Evidentemente, jamais. E por mais profunda que fosse a excelência de disposições do melhor e do mais santo dos povos, em se consagrar a Maria Santíssima, ainda muito mais profunda é a deliberação d’Ela em aceitar e corresponder à nossa consagração. De onde se deduz, tudo bem pesado, que o fruto da consagração é o estabelecimento de um vínculo real e especial entre o Coração de Maria e nós” (Legionário, de 15/7/1945).
Esta união com a Virgem Santíssima, procurou Dr. Plinio estreitá-la de modo solene ao fazer consagração ao Imaculado Coração de Maria, segundo o método de São Luís Grignion de Montfort.
Tomemos uma atitude de recolhimento, de devoção, de apetência dos maiores dons do espírito e, notadamente, do mais alto desses bens que é a comunicação de alma com Nossa Senhora, Medianeira de todas as Graças e canal que Deus desejou tornar necessário para que todos chegássemos a Ele.
“Ora, no Céu, onde nossas ações e preces são conhecidas, Maria Santíssima, os anjos e os santos acompanham os passos de cada um de nós na vida espiritual, rogando a Deus que Seus desígnios a nosso respeito se realizem.