quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

O Santo Cinto de Nossa Senhora

Nossa Senhora entrega seu cinto a São Tomé ( Pintura de Gozzoli Benozzo)

Em Prato na Itália está uma das relíquias mais tocantes de Mãe de Deus.
É bem conhecida a história de São Tomé, um dos doze Apóstolos, que por estar ausente quando Nosso Senhor apareceu a eles, após a Ressurreição, não quis nela acreditar, apesar do testemunho de seus companheiros. Só oito dias mais tarde, quando Jesus lhes apareceu novamente, Tomé pôde constatar a verdade, colocando seus dedos nas Santas Chagas do Salvador. Aí, sim, acreditou.

RELÍQUIA QUE É EXPOSTA CINCO VEZES AO ANO NO PÚLPITO EXTERNO
Este cinto é a relíquia que se venera na Catedral de Prato. Um habitante da cidade de Prato, que esteve na Terra Santa, levou o cinto para Jerusalém em 1141. No começo ninguém deu muita importância àquela relíquia de autenticidade não comprovada. Mas em 1173 a Providência valeu-se de um fato extraordinário para que todos a reconhecessem como verdadeira:
No dia de Santo Estevão, o padroeiro da cidade, era costume colocarem-se todas as relíquias em cima do altar para com elas abençoar os doentes e endemoniados.


Passaram-se os anos e Tomé tornou-se um dos Apóstolos mais intrépidos, levando o Evangelho até os confins da Pérsia e Índia. Segundo a bela tradição que chegou até nós, encontrava-se ele numa dessas longínquas regiões quando recebeu um recado de São Pedro, de que retornasse sem demora a Jerusalém, pois Maria, a Mãe do Senhor, iria deixá-los e desejava antes se despedir de todos. Empreendeu Tomé a sua volta e mais uma vez chegou atrasado. A Mãe de Deus já havia subido aos céus.

São Tomé, mais uma vez levado pelo ceticismo, relutou em acreditar na Assunção da Santíssima Virgem e pediu a São Pedro que abrisse o sepulcro, para poder comprovar com os seus próprios olhos o ocorrido. Atendido o seu pedido, constatou que no túmulo vazio encontravam-se apenas muitos lírios e rosas. Nesse mesmo momento, ao levantar suas vistas aos céus, Tomé viu Nossa Senhora na Glória, que, sorridente, desatou o cinto e lançou-o em suas mãos, com símbolo de maternal bênção e proteção.

Na ocasião, foi exposta também a caixa contendo o cinto de Nossa Senhora. Aproximaram então uma possessa que, no momento em que tocou a caixa começou a afirmar com insistência que esse cinto era da Santíssima Virgem, e no mesmo instante viu-se liberada de seu mal.

Iniciou-se então o culto publico à sagrada relíquia. O próprio São Francisco de Assis, em 1212, esteve com seus primeiros frades em Prato para venerá-la.
A relíquia é exposta à veneração pública cinco vezes ao ano. Nessas ocasiões, ela é colocada no púlpito externo, à direita da Catedral, defronte à bonita praça medieval da cidade. Essa devoção faz com que Prato seja até hoje um dos lugares de peregrinação mariana mais freqüentados da Itália.

Peregrinemos em espírito até à “Capella del Sacro Cingolo” e peçamos especiais graças a Maria Santíssima. Ela, mãe de misericórdia quis mostras a São Tome e a todos nós que, mesmo sendo teimosos em acreditar, e ainda que estejamos imersos em nossas misérias, Ela sempre estará disposta a fazer milagres portentosos para nos confirmar na Fé e atar-nos a Ela com seu Cinto, protegendo-nos com sua maternal ternura.







IMAGEM DE NOSSA SENHORA DO SAGRADO CINTO QUE SE VENERA NA CATEDRAL DE PRATO (ITÁLIA)
















Tende uma particular devoção ao Coração Imaculado de Maria.
(...) Voltai-vos com confiança para Maria, "Refúgio dos Pecadores".
Ela vos defenderá do pertinácia no pecado e da escravidão de Satanás.
S. S. João Paulo II, homília em Zakopane (Polônia), 7/6/1997